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Luis Morais

Uma nova forma de buscar pela internet: Google modifica sistema e isso pode impactar o seu trabalho

O sistema de buscas do Google é tão conectado ao nosso dia a dia que até um neologismo ganhou forma no dicionário: googar, que significa, obviamente, procurar alguma coisa no Google. Uma ação feita há muitos anos por quem estava online, mas que agora teve uma mudança significativa na forma de mostrar resultados.


Entre o primeiro e segundo semestre de 2024, o Google implantou uma mudança gradual nas suas buscas. Os links continuam a aparecer, mas somente depois de um texto gerado automaticamente por uma inteligência artificial chamada AI Overview. Essa alteração ocorre na esteira de uma tendência observada no comportamento de muitos usuários, inclusive brasileiros: o uso do ChatGPT para pesquisar informações.


Buscas do Google agora são acompanhadas por uma resposta de Inteligência Artificial antes dos links para o usuário acessar


Essa alteração deixou muita gente preocupada e irritada. "Potencialmente sufoca os criadores originais do conteúdo", afirmou Frank Pine, editor executivo do Media News Group e Tribuine Publishing, ao New York Times. A preocupação é que o texto da IA, que supostamente já possui a resposta para a busca, reduza drasticamente o tráfego para os sites, impactando diretamente no modelo de negócios de muitos criadores de conteúdos e agências.


Afinal, nos últimos anos, o topo das buscas do Google era o objetivo de muitos textos publicados. Porque, com o clique do usuário, gerava-se tráfego para o site e um objetivo era concluído, como somar um visitante e ganhar mais com o Google AdSense, ou se aproximava de ser conquistado, pois se iniciava, por exemplo, um processo de funil com essa pessoa para que ela adquira, futuramente, um serviço ou produto oferecido pelo site que ela entrou.


No entanto, cabe ressaltar: o próprio mecanismo de buscas já enfrentava um esgotamento. Essa conclusão foi do estudo "Is Google Getting Worse?", publicado por pesquisadores alemães da Universidade de Leipzig, da Bauhaus-University Weimar e do Centro de Análise de Dados Escaláveis e Inteligência Artificial.


Esse levantamento analisou não só o Google, como também dois concorrentes, Bing e DuckDuckGo, por um ano. O excesso de conteúdo de baixa qualidade, principalmente para pesquisa de produtos, foi notado pelos cientistas, que destacaram que a técnica de SEO (Search Engine Optimization) passou a ser utilizada para colocar no topo resultados que não são do interesse de quem busca, dificultando em diferenciar o conteúdo útil em relação ao spam. Tudo isso em meio a vários anúncios e links patrocinados que podem aparecer junto com os principais resultados das buscas.


Mais mudanças estão a caminho

Além do resumo que já aparece atualmente, o Google anunciou que o sistema de inteligência artificial Gemini vai mudar a forma de mostrar os resultados e até o layout da página será alterado.


Vídeos, links de fóruns e outros widgets se somarão aos tradicionais links de pesquisa. Segundo Rhiannon Bell, vice-presidente de Experiência do Usuário do Google Search, o novo sistema será personalizado com base na localização e deve aparecer somente quando o AI Overviews não souber responder diretamente. Ou seja: novas mudanças que podem novamente impactar os conteúdos criados.


Luís Morais, coordenador de mídia digital da SENSU

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