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SENSU TALKS #36 - Visão para as pautas de saúde antes e após o diagnóstico de câncer


Em janeiro deste ano, o repórter da Band, César Cavalcante foi diagnosticado aos 29 anos com câncer no estômago em estágio inicial. Ao invés de se afastar do trabalho para focar total atenção ao tratamento, o jornalista decidiu se tornar personagem da própria reportagem, na série especial “Câncer - virei paciente”, que estreou em agosto no Jornal da Band. 

 

Durante todo o processo de cura, ele seguiu trabalhando com o objetivo de contar, além da própria história, as histórias de diversos outros personagens na série, que passaram ou ainda estão passando por um tratamento semelhante ao dele. 

 

Convidado do episódio #36 do SENSU TALKS, César Cavalcante contou o que realmente o motivou a mostrar o dia a dia diante do diagnóstico de câncer de estômago, o que ele aprendeu com essa experiência e qual é a mensagem que ele deseja passar, não somente para a população em geral, mas especificamente para os demais jornalistas, seus colegas de profissão sobre a importância de dar espaço para notícias com esse tema nos grandes veículos da imprensa. 

 

“Descobri que sou um privilegiado por contar com um plano de saúde para fazer o meu tratamento, porque isso não é a realidade para a maioria dos brasileiros. Além de contar com uma rede de apoio de familiares e amigos. Convivi com pessoas que ninguém mais sabia que estavam ali fazendo tratamento contra o câncer, somente elas e os médicos. Algo que me chama bastante a atenção e que precisa chamar a atenção também da grande mídia é como abordar os muitos desafios do serviço público em relação ao tratamento dos pacientes oncológicos. Nós entendemos a importância do SUS, que oferece acesso gratuito aos pacientes aqui no Brasil, mas nós temos que falar também sobre os desafios. Hoje, além de conscientizar sobre o câncer, temos que mostrar as dificuldades e os desafios dos pacientes oncológicos que estão sendo tratados pelo SUS”, frisa César Cavalcanti, que respondeu às perguntas da audiência do programa e de colegas de profissão. 

 

O repórter, que agora é um paciente oncológico em remissão, também contou como foi o momento do diagnóstico, lidando com o medo de morrer e do desconhecido; o desafio de ser repórter e personagem ao mesmo tempo da série sobre câncer; a vida sem o estômago e a mudança de percepção do tema câncer dentro da sua vida pessoal e profissional. 

 

Experiência em emissoras de rádio e o início do jornalismo colaborativo

 

Durante o bate-papo, César também contou como começou a trabalhar no jornalismo, antes mesmo de entrar na faculdade, em uma emissora de rádio em Mato Grosso do Sul aos 17 anos; suas principais lembranças do curso de graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o início da sua atuação como repórter profissional na Band News FM, ao lado do inesquecível gênio da comunicação Ricardo Boechat, falecido em 2019. 

 

“Trabalhei inicialmente como estagiário na rádio e, naquela época, o WhatsApp ainda não era tão popular quanto o telefone para os ouvintes. E eu passava a maior parte do meu dia atendendo às chamadas de pessoas que ligavam para falar sobre tudo: fazer denúncias, passar alguma notícia sobre o trânsito e até mesmo perguntar quando iria sair a sua aposentadoria (risos). E o Boechat nos estimulava bastante a atender todos sempre com muito cuidado e carinho. Ele falava que os “ouvintes têm fé pública”, e nós conseguimos fazer um trabalho muito bacana de cobertura com a participação dos ouvintes em tempo real. Isso se conecta muito com o que temos visto hoje de jornalismo colaborativo, nas redes sociais, através do Twitter. E isso eu aprendi muito fazendo rádio na BandNews FM”, lembra César Cavalcante. 

 

Mensagem final sobre a conscientização do câncer 

 

Voltando ao assunto da série e da sua experiência como paciente oncológico, César Cavalcanti revelou que pretende se especializar em jornalismo de saúde para conseguir contribuir mais na conscientização do câncer. 




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