O episódio #28 do Sensu Talks abordou um tema fundamental para os profissionais de saúde e comunicadores da área: “Formatos possíveis de Comunicação em Saúde”. Você pode assistir à conversa completa pelo YouTube. A convidada do último podcast é a jornalista Luciana Oncken, atuante na área há mais de 20 anos, diretora de Conteúdo do Estúdio Banca Podcast e fundadora do portal Viver com Diabetes. A mediação é do diretor da SENSU, Moura Leite Netto.
A pandemia de Covid-19 foi uma propulsora do jornalismo sobre saúde devido à importância de falar sobre esse assunto - por diversos formatos e abordagens - diariamente na imprensa. Por isso, Luciana criou o seu próprio podcast para apurar assuntos que até então não estavam com tanta evidência nas mídias, como a relação entre obesidade e risco para a Covid-19.
Atualmente, a profissional se dedica a planejar e gravar podcasts em saúde para diversos clientes - como médicos, profissionais e serviços de saúde - no Estúdio Banca Podcast. Ela explica como é o processo de orientação aos clientes que desejam comunicar sobre saúde: “Há pessoas que chegam até nós querendo descobrir o formato mais adequado. Por isso, fazemos entrevistas a fim de entender os pontos fortes e temas possíveis para abordar nos roteiros”.
Podcast em saúde: por onde começar
Luciana recomenda que o primeiro passo é estudar o que outros criadores de conteúdo estão publicando para demarcar a própria originalidade. Além disso, é importante entender e definir quais formatos são mais adequados para o seu trabalho: reportagem narrativa, podcast de diálogo, mesa-redonda, etc.
A jornalista também reforça a responsabilidade dos comunicadores sobre saúde: “Quando abordar depressão e suicídio, evite usar imagem de pessoas tristes em um quarto escuro. Isso reforça estereótipos. O mesmo princípio se aplica à obesidade: não recomendo usar imagens de uma pessoa largada no sofá, comendo um lanche, etc”.
A onda de novos podcasts gerou um formato novo: cortes dos episódios (de no máximo 1 minuto) postados nas redes sociais, especialmente Instagram e Tik Tok. Essa é uma ótima estratégia para veicular informação de saúde de qualidade. Porém, nos últimos meses, consumidores dessa mídia mais atentos começaram a perceber que alguns cortes traziam falas descontextualizadas, sem interlocução e cenários falsos: o que indica a produção de podcasts falsos apenas para garantir a autoridade do formato.
Além dos novos formatos, também é possível pensar em novos públicos para os podcasts em saúde. Por exemplo, as crianças podem ser ouvintes interessadas em aprender sobre esse tema tão importante para elas. “O podcast é uma forma de tirar a criança da tela. Podemos ensinar sobre trabalhando com sons e a imaginação dos pequenos”, finaliza Luciana.
Confira o episódio completo:
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