O episódio 27 do SENSU TALKS trouxe um convidado bastante especial: Eduardo Cesário Ribeiro, um dos pioneiros da assessoria de imprensa no Brasil. Ribeiro falou conosco sobre a evolução da comunicação corporativa e o papel dos jornalistas nesse meio. Formado pela FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), Ribeiro é atualmente diretor da “Jornalistas Editora”. Com mediação do diretor/fundador da SENSU, Moura Leite Netto, a conversa está disponível no canal do Youtube.
Um dos grandes projetos do profissional é a organização do Prêmio Os Jornalistas + Admirados do Brasil. As categorias premiam jornalistas em diferentes editorias, como Economia, Negócios e Finanças; Agronegócio; Tecnologia; Automotiva e, em parceria com o Hospital Albert Einstein, Saúde, Ciência e Bem-Estar. “Em 2001, a gente resolveu premiar os jornalistas com esse selo (Einstein). Ser admirado é uma coisa muito positiva e relevante, pois a eleição é realizada com votação em dois turnos”, explica o jornalista.
Ribeiro graduou-se em 1977. Desde então, muita coisa mudou na forma de fazer jornalismo e o profissional vivenciou essas mudanças de perto. Ele conta que, quando se formou, não existiam muitas agências de comunicação independentes. O trabalho de assessoria era feito, ainda, pelas próprias grandes empresas por meio dos departamentos de relações-públicas, publicações e artes. “O trabalho de comunicação era feito internamente. As interfaces com o mercado aconteciam para a realização de eventos e outras coisas mais pontuais”, relembra.
A partir dos anos 1980, e com a redemocratização do Brasil, os jornalistas começaram a ter mais liberdade inclusive para empreender. Assim, após grandes demissões nas redações e terceirização dos serviços de comunicação, os profissionais da imprensa começaram a abrir as próprias agências especializadas.
Ribeiro destaca que, nessa transição, a assessoria de imprensa ainda era vista com maus olhos pelos trabalhadores de redação: “Claro, tinha muita gente que respeitava esse trabalho, mas no geral a assessoria de imprensa era muito desrespeitada. Os profissionais faziam o seu trabalho, sentiam esse preconceito mas iam em frente”, afirma.
Apesar disso, o jogo começou a mudar: as redações foram minguando ano a ano, e as assessorias especializadas acolhiam cada vez mais o trabalho dos jornalistas. Ribeiro também destaca que, a partir dos anos 2000, houve uma valorização do trabalho das assessorias, pois o resultado da produção dos press releases e o espaço midiático era mais visível não apenas nos meios tradicionais, mas também na internet.
Durante sua carreira, Ribeiro se envolveu com a militância pela democracia e também pelo fortalecimento da classe jornalística por meio da participação ativa em sindicatos. Além disso, ele também foi importante para a criação da ABRACOM (Associação Brasileira das Agências de Comunicação), cujo objetivo é profissionalizar as atividades de comunicação corporativa e reunir os principais profissionais atuantes no Brasil. Para conhecer mais do trabalho de Eduardo Ribeiro e a evolução da assessoria de imprensa em nosso país nos últimos anos, acesse o episódio na íntegra.
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