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SENSU

O que esperar do Encontro Brasileiro de Divulgadores de Ciência?

Atualizado: 16 de ago. de 2022

A primeira edição do Encontro Brasileiro de Divulgadores de Ciência (EBCD) foi o tema do SENSU TALKS #26, live mensal sobre comunicação em ciência, saude e educação. Neste episódio, falamos sobre o cenário da divulgação científica do Brasil, a educação para o conhecimento científico das crianças e jovens e a importância do financiamento para os projetos. A live, com mediação do jornalista Moura Leite Netto, diretor/fundador da SENSU e presidente da Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Ciência (RedeComCiência), pode ser conferida na íntegra no canal da SENSU no Youtube.





Dentre as convidadas está a pesquisadora Ana Arnt, doutora em Educação e docente do Instituto de Biologia da Unicamp e coordenadora do projeto Blogs de Ciência da Unicamp. A pesquisadora comenta a relação entre a teoria e a prática: “O princípio da comunicação é criar diálogos. Esse é o potencial do EBDC que nós gostaríamos de alcançar”, explica. Ela complementa falando sobre a dualidade da comunicação da ciência: “É preciso pensar que ela está vinculada a um campo de conhecimento que possui saberes básicos que possibilitam trabalhar melhor, ao mesmo tempo pensar na divulgação científica como trabalho profissional”.


Norma Reggiani defendeu um doutorado em Física na Itália e atualmente trabalha como coordenadora de Eventos no Instituto Principia - sede do EBDC 2022. Na live, a pesquisadora falou sobre o engajamento do Instituto para a recepção do evento: “O Instituto Principia tem três pilares: ensino, pesquisa e extensão. A extensão está totalmente ligada à divulgação científica, que também é uma das vertentes do nosso trabalho. Trazer as pessoas para a sede do Principia é uma coisa muito boa porque vamos conhecê-las e ouvi-las. Queremos que o nosso espaço seja usado pela divulgação científica e pelas pessoas que trabalham com isso”, comenta.


Convidamos também a Graciele Almeida de Oliveira, doutora em Ciências Biológicas, diretora da Rede ComCiência e chefe do Núcleo de Comunicação da Fundação Carlos Chagas, instituição apoiadora do encontro. Para ela, o maior desafio da divulgação científica é a profissionalização e a busca por financiamento das iniciativas. “As iniciativas de divulgação científica têm aumentado, especialmente na pandemia. Ou seja, temos bons divulgadores científicos, sabemos que são importantes. Precisamos questionar: Como conseguir que elas continuem no tempo? Como dar subsídios para os divulgadores científicos que querem promover a ciência em todos os cantos? Como o divulgador sobrevive?“ indaga a pesquisadora.


O evento será realizado em São Paulo entre os dias 27 e 28 de agosto. Os ingressos já estão esgotados, porém, será possível assistir a algumas atividades de forma online e você pode acompanhar a cobertura pelas redes sociais: Instagram, Facebook e Twitter. Um diferencial do encontro é promover pesquisadores, jornalistas, cientistas e comunicadores de diversas regiões do país - e não apenas do eixo Rio-São Paulo. Por isso, a programação das mesas-redondas é bastante diversa:


As mesas-redondas irão abordar temas como “A divulgação científica em rede e na rede”, “Museus e centros de ciências como espaço de divulgação científica”, “Jornalismo e divulgação científica: uma parceria contra a desinformação” e “A teoria e a prática na divulgação científica”. Além das mesas, o EBDC também tem na programação sessões temáticas para apresentação de trabalhos acadêmicos e relatos de experiências no campo da divulgação científica com estudantes de graduação, pesquisadores e comunicadores profissionais.




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