Mesmo com a expectativa de vida do brasileiro caindo de 76,2 anos em 2019 para 75,5 anos no período pós-pandemia de covid-19, é crescente a incidência de doenças crônicas como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias, entre outras. Paralelamente, a falta de zelo da humanidade com a natureza e o negacionismo climático, são fatores que favorecem um cenário de surto de doenças tropicais, como dengue e Chikungunya. Isso sem falar em tragédias, como vemos no Rio Grande do Sul, que afetam também a saúde, visto o número de casos locais de leptospirose.
Muitos cenários, que impactam a vida das pessoas. Com isso, cada vez mais, será necessário produzir conteúdo qualificado sobre saúde. O noticiário, em hipótese alguma, poderá ser abrigo daqueles que desinformam e disseminam mentiras. Precisa prevalecer uma das ferramentas essenciais para conscientizar a população sobre como prevenir doenças evitáveis, que é o jornalismo baseado na prática saudável de informar com correção, didatismo, evidência científica e, acima de tudo, que dissemina conteúdo acessível, não elitizado, ao público-alvo.
Apurar, investigar e informar aquilo que é de interesse público. Essa é a missão que norteia o jornalista. No jornalismo de saúde, soma-se, a esse compromisso, a oportunidade de noticiar aquilo que pode impactar a forma que o receptor da informação irá optar por desfrutar sua vida. O mundo, doente, clama por um jornalismo saudável. Assim como também anseia por um jornalismo qualificado de ciência e pela divulgação científica.
Inspirados no jornalismo de saúde, nós, da SENSU, saudamos a imprensa brasileira, que, neste sábado, 1º de junho, celebra o seu dia. Essa data é lembrada, desde 1999 (antes era 10 de setembro), como Dia da Imprensa, por simbolizar o dia que começou a circular o jornal Correio Braziliense, em 1808. Entende-se como Imprensa, a designação coletiva dos meios de comunicação que exercem o Jornalismo e outras funções de comunicação informativa.
Nortear essa prática em preceitos saudáveis, imprime, na sociedade, transformações positivas. Como bem definiu a Organização Mundial da Saúde, a comunicação é uma ferramenta poderosa para enfrentar desafios de saúde crescentes e complexos. Pode, segundo a entidade, ajudar a mudar o entendimento, atitudes e comportamentos das pessoas e capacitá-las a fazer escolhas que ajudem a proteger e melhorar a saúde e o bem-estar.
Sigamos, sempre, com isso em pauta!
Moura Leite Netto, jornalista, doutor em Ciências e diretor da SENSU
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