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Como combater fake news e transmitir confiabilidade nas divulgações científicas?

SENSU

Os convidados do episódio #22 do SENSU TALKS foram o imunologista Gustavo Cabral, PhD e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), com pesquisas no desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19; a jornalista Natália Flores, PhD em Comunicação, idealizadora do InfoVacina e gerente de conteúdo da Bori, onde coordena a antecipação de estudos de Covid-19 e o jornalista Luís Felipe dos Santos, editor do Aos Fatos, com passagens por diversos veículos nacionais como o Terra e Intercept Brasil.


Nesse episódio, apresentado na quarta (30), foi abordado o impacto da pandemia para a comunicação e o jornalismo científico, área que teve de lidar com uma enxurrada de informações nem sempre verídicas. Mas em dois anos, quais foram as mudanças na forma de interpretar, checar e comunicar os fatos?





Para Gustavo, o fato de a ciência sair das universidades e dos centros de pesquisas, para se tornar acessível à população, foi um grande avanço nesse período em que a pandemia se tornou pauta obrigatória diária na mídia. O desafio, segundo ele, foi - e continua a ser - como explicar a ciência para o jornalista leigo de modo que tudo fosse comunicado corretamente, sem prejuízos para a sociedade. “A academia precisou descer do palanque e falar a língua do povo e isso precisa continuar a acontecer, principalmente quando não há uma política de Estado que fomente a ciência, a pesquisa e a inovação”, ponderou.


À frente da Agência Bori, que ajuda quem cobre ciência, Natália destacou a importância de criar pontes e parcerias coletivas, uma saída que fez toda diferença no universo jornalístico durante a pandemia na divulgação do conhecimento científico extremamente técnico. “O InfoVacina nasceu dessa necessidade de aprendizado durante a cobertura para melhor se reportar à sociedade”, contou. Ela se refere ao primeiro programa de mentoria jornalística para a cobertura do tema vacinas.


A iniciativa acompanhou e ofereceu apoio ao longo de quatro meses a 20 jornalistas de todas as regiões do Brasil interessados em contar boas histórias sobre vacinas, entre elas, a da Covid-19. A ideia também foi formar uma rede entre jornalistas para a troca de informações sobre vacinas e sobre as dificuldades de cobrir o tema, principalmente com a proliferação de fake News, inclusive partindo do próprio governo. Foi tão bem sucedido que a Organização Mundial da Saúde o cita como referência.


Luís, que integra a rede, explicou como foi importante compartilhar da experiência num momento em que o mundo experimentava lidar com uma quantidade avassaladora de narrativas informativas e desinformativas. “É uma responsabilidade imensa porque se pode salvar ou não vidas dependendo do que é divulgado, de que forma e em qual momento. E parte disso depende do entendimento do profissional, que precisa distinguir um estudo preprint de outro revisado por pares, por exemplo”, disse.


Os convidados concordaram que o tempo da ciência e do jornalismo é muito diferente e que ao longo da história científica quase tudo que se divulga é muito novo, o que facilita disseminar a informação de má qualidade. Não se trata, portanto, de dar ênfase ao que é considerado destaque momentâneo, mas sim ao que é em prol da vida e da saúde pública.


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