Quais aspectos unem e diferenciam a cobertura de saúde e ciência pelos países da América Latina? Falamos sobre esse assunto tão atual no episódio #21 do SENSU Talks! O episódio aborda relatos de jornalistas e comunicadores de organizações do Brasil, Colômbia, Peru, Chile, México e Argentina, com mediação de Moura Leite Netto, diretor da SENSU e presidente da Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Ciência (RedeComCiência).
A conversa iniciou-se com a experiência da jornalista colombiana Tânia Valbuena. Além de epidemiologista e pesquisadora, ela também é vice-presidente da Associação Colombiana de Jornalismo Científico (ACPC). Valbuena destaca a importância da organização dos profissionais para fortalecer a divulgação científica: “Um desafio que temos hoje é consolidar o trabalho do jornalista de ciência na sociedade colombiana, e estimular a apropriação social do conhecimento para os cidadãos e comunidades”, afirma.
A jornalista Nadia Politis é especializada em ciências e também atua como vice-presidente da Associação Chilena de Jornalistas e Profissionais de Comunicação Científica. Politis enfatiza a importância da interdisciplinaridade e dos diferentes olhares para facilitar a democratização do conhecimento. “Somos uma das associações mais antigas da América Latina. Mas hoje, não só somos formados por jornalistas, mas também por comunicadores e profissionais que atuam em iniciativas de divulgação científica. Atualmente, temos mais de 120 sócios”, explica a jornalista.
A Associação Peruana de Jornalistas e Comunicadores Científicos (APCiencia) iniciou os trabalhos há quatro anos. O jornalista e fundador da APCiencia, Daniel Meza, destaca que a importância da associação se dá pela “dificuldade das mídias de massa do país em retratar temas científicos de forma adequada”.
No México, a organização dos jornalistas de ciência têm um foco bastante amplo na formação dos novos profissionais especializados na cobertura científica, conforme explica Aleida Rueda, editora e produtora multimídia na SciDev.Net. “Temos cerca de dez comissões da associação com 114 membros. Temos um grupo para organizar as redes sociais, trabalho, finanças, ética e outros temas”, informa. Rueda é a responsável pela comissão de Formação.
Por fim, o episódio também contou com a contribuição de Bruno Massare, presidente da Rede Argentina de Jornalismo Científico. Para ele, um grande esforço da instituição é encontrar e integrar os jornalistas espalhados nas redações de diversas partes do país. O contato entre os profissionais é benéfico, segundo Massare, pelo compartilhamento de fontes, artigos e experiências que facilitam a cobertura de temas complexos.
Para saber mais sobre as peculiaridades da cobertura especializada nesses países, assista ao episódio completo no YouTube. Na descrição, também informamos os principais trabalhos dos jornalistas para você conhecer.
Confira a live:
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