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SENSU CAST #01 Mídia, política e indústria do fumo

  • SENSU
  • 31 de mai. de 2022
  • 2 min de leitura

A relação entre mídia, políticas governamentais e indústria do fumo é o tema do episódio de estreia nesta terça (31) – Dia Mundial sem Tabaco - do SENSU CAST, um podcast para falarmos sobre jornalismo e comunicação corporativa de saúde, ciência e educação. A apresentação é de Moura Leite Netto, jornalista, doutor em Ciências e diretor/fundador da SENSU.


Participam do episódio #1: Mario Cesar Carvalho, jornalista e escritor. Dentre suas obras, o livro “O Cigarro”, lançado pela série Folha Explica, da Folha de S.Paulo, veículo no qual trabalhou como repórter especial e editor do caderno Ilustrada. Atualmente, Mario Cesar escreve para o Poder360 e Mônica Andreis, diretora-executiva da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), psicóloga, com mestrado em psicologia clínica pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em psicologia hospitalar.


A relação entre mídia, profissionais de saúde e indústria tabagista é antiga. Quando os males do cigarro ainda eram desconhecidos, na década de 1930, médicos e dentistas estampavam anúncios publicitários de inúmeras marcas, dentre elas Lucky Strike, Viceroy e Cammels. O discurso na época era que o cigarro oferecia o alívio de sintomas de ansiedade e depressão e o produto ainda era associado com conceitos de liberdade e sofisticação.


Um anúncio da Cammels, de 1949, trazia os dizeres “médicos fumam mais Cammels do que qualquer outra marca de cigarro”. Com o passar dos anos, os discursos da indústria tabagista foram desconstruídos, pois se tornaram evidentes os muitos malefícios do cigarro, como ser o principal fator de risco para mais de uma dezena de tipos de câncer e estar fortemente associado com a ocorrência de doenças cardiovasculares. Foram impostas restrições para a publicidade do cigarro em veículos de comunicação e organização de eventos com associação direta às marcas de cigarro, como os extintos “Free Jazz Festival”, “Hollywood Rock” e “Carlton Dance”.


Com isso, as gigantes corporações do fumo como Philips Morris e Souza Cruz viram-se obrigadas a reinventar seus discursos. A indústria apostou na bravura dos homens que fumavam. Os comerciais com caubóis, da marca Marlboro, são exemplos emblemáticos. Também falaram em cigarros com menor teor de nicotina, os chamados light, para atrair principalmente o público feminino, que lutava para ser livre, inclusive para fumar.


Ouça também em seu aplicativo de música favorito: Amazon Music | Spotify


O SENSU TALKS terá um episódio novo sempre na última terça-feira de cada mês.

Este podcast é uma produção da SENSU Consultoria de Comunicação e Estúdio Banca de Conteúdo. Apoio: Banca de Conteúdo.

 
 
 

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